CAPITULO VI

 
Hong-Kong. — Os inglezes e o opio. — Um grito de indignação do Governo do Celeste Imperio. — O commercio de Hong-Kong. — Os negociantes chinezes e japonezes. — Um novo meio de transporte. — Os chins do Norte e os do Sul. — A razão dos pequeninos pés das damas chinezas. — Macáo. — Como são recebidos os europêos na China. — Um curioso pasquim. — Attentados commettidos pelos chins contra os estrangeiros.
 


O PORTO de Hong-Kong, da moderna cidade que renasceo das antigas ruinas de uma população indigena, é, pela sua situação, o mais importante do Celeste Imperio, e hoje, com o augmento extraordinario da navegação do Oriente, esta cidade é destinada a ser a mais importante praça commmercial da Asia. Infelizmente, a dominação ingleza obsta que o Imperio da China utilise as vantagens do seo commercio maritimo; e, é sobretudo, pelos seos portos de mar que penetra nas mil e quinhentas cidades da China, o terrivel veneno que entorpece o espirito e enfraquece progressivamente os musculos de grande parte da população da China, transformando seos habitantes em verdadeiros entes irracionaes.

O trafico infame do opio é, em larga escala, feito pelos inglezes, e não obstante as reclamações, protestos e appellos feitos, durante

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