de estylo pouco japonez, e onde se venera a Deus Quanou, muito popular no Japão, ainda que seja natural da China.
Depois de atravessarmos um pateo onde abundavão centenares de homens, mulheres e crianças, subimos alguns degráos e penetramos no interior do templo.
Ahi via-se immensas lanternas de papel de mais de 4 metros de altura, suspensas no tecto e tomando quasi toda altura da sala; cobria as paredes um grande numero de quadros representando mesmo algumas figuras profanas, e que encontrarião apropriado lugar nas salas reservadas dos muzeos; entretanto, não sabemos qual a relação entre o assumpto que apresentão estes quadros e os mysterios do Deus Quanou.
Este deus é, na verdade, de um bom humor inalteravel, pois os japonezes o ameação, supplicão, e até, em alguns templos, atirão-lhe bolas de papel, e outros projectis que não o molestão seriamente. E isto fazem com o fim de obterem o que desejão.
Como em alguns templos catholicos, tambem se encontrão milhares de promessas nos templos japonezes, apresentando braços, pernas, navios, espadas, e todo e qualquer outro objecto.
A divindade principal acha-se, geralmente, no centro do templo; é de dimensões colossaes; basta dizermos que poderiamos commodamente sentarmo-nos sobre a unha do seu polegar. A imagem do deus Quanou, com seus cem braços, parece dispôr de meios sufficientes para corresponder ao seu grande numero de devotos, porém a firmeza destes não é das mais inabalaveis, e, apenas sahimos do templo, encontramos folgando e rindo com a maior jovialidade, alguns dos mesmos Quanunistas, que, momentos antes, ameaçavão e interpellavão de um modo verdadeiramente tragico, pobre deus que com os seus cem braços, parecia unicamente pedir esmolas para sustentar, naturalmente, os seus sacerdotes.
Com effeito, o tinir constante das moedas ao cahir em um immenso cofre, annunciava que a colheita seria farta no fim do dia.
Guiados por um japonez, subimos ao ultimo andar do