DA FRANÇA AO JAPÃO
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no lado esquerdo a cidade de Messina, mais importante pelo seo commercio do que a primeira.

Na frente de nós, esclarecido pelos raios bruxuleantes da aurora, divisavamos o Etna, o mais elevado vulcão da Europa, com o seu cone ainda encoberto pelo nevoeiro da manhã.

Uma hora depois, esta montanha de mais de 3,300 metros de altura, achava-se perto do Ava; navegavamos nas mesmas aguas que molhavão a sua base do lado do Oriente.

N’este ponto, a base do Vulcão fórma um circulo regular de 38 léguas de extensão, que diminue progressivamente com a altura, porém, de modo a formar doces declives apenas de 7 a 8 gráos, o que torna facil a ascenção á cratera durante a boa estação.

O Etna também é conhecido na Sicilia pelo nome de Monte Gibello; elle é cultivado em alguns pontos de suas vertentes e principalmente na sua base; ahi, vê-se grande numero de casas formando mais de 60 aldeias ou povoações; e esta região é considerada como uma das mais ferteis da Sicilia.

Debaixo do ponto de vista scientifico o Etna mereceo os estudos de Lyell e de Elie de Beaumont.

Segundo estes sabios geologos, as suas encostas do lado do Sul e de Este, apresentão depositos sedimentados e vulcanicos de origem sub-marina, e, ahi encontrárão, grande quantidade de conchas, na altura de 800 pés acima do actual nivel do mediterrâneo!

Quando o Etna poude ser visto por nós pelo seu lado meridional, este gigante de lavas apparecia com o seu dorso nú de toda vegetação e de uma côr cinzenta característica, o que formava accentuado contraste com a luxuriante vegetação da sua base oriental.

Apenas o cume do Etna, envolto em densa nevôa, era visível, quando avistamos Syracusa, a antiga e poderosa colonia grega, que desappareceo com Archimedes, o mais illustre dos seus filhos, para seguir a fortuna das armas romanas.