Portugal, aonde hoje eſtá ſituada a Cidade do Porto, que elle fundára, e denominára Porto Gathello em memoria do ſeu nome; e aos habitadores, que nella deixou chamára Eſcoſſeſes em memoria do nome de ſua mulher Eſcota. ([1])
A terceira opiniaõ muito ſeguida, e abonada pelo A. da Monarchia Luzitana, conſiſte, em que Diomedes Rei de Etholia hum dos Principes, e Capitaens do cerco de Troya[2] imitando a Ulyſſes, navegára pelo Mediterraneo, até ſahir pelas Columnas de Hercules [3] ao Occeano Occidental, e tomando porto na foz do Rio Douro, deſembarcára da parte ſeptentrional, aonde ſe demorára largo tempo attrahido da amenidade, e freſcura do Paiz: que lançára allî os fundamentos de huma Povoaçaõ, que pelo decurſo do tempo ſe chamou Graya, e os ſeus habitadores Grayos, tanto porque elles eraõ deſcendentes dos Gregos, que fundáraõ eſta Cidade, como tambem, porque aos ſeus ritos, e coſtumes, chamavaõ por antonomaſia Grecanicos. ([4]) Deſtes fallou Sylio Italico nos ſeguintes verſos:
Et quos nunc Gravios, violato nomine Grajum.
Onneæ miſerere domus, Aetolaque Tyde.
[5] Funda-ſe a quarta opiniaõ em que Menelao irmaõ de Agamenon, e marido de Elena,
que
- ↑ Boer. hiſt dos Eſcoſ. liv. I. Maldon. Chron: Univ. p. 3. Pined. Monar. Eccl. liv. 27. cap. 12.
Nota de Transcrição: vide História dos Escoceses, livro 1, de Walter Bower.
Nota de Transcrição: vide Chronica universal de todas las naciones y tiempos, parte 3, página 159, de Alonso de Maldonado.
Nota de Transcrição: vide Monarchia Ecclesiastica, livro 27, capítulo 12, página 216, de Juan de Pineda. - ↑ Nota de Transcrição: Em mitologia grega, Diomedes é descrito como rei de Argos, mas de origem etólia.
- ↑ IV. Terceira Opinaõ.
- ↑ Brit. Monarc. Luſit. p. 1. liv. 1. cap. 22.
Nota de Transcrição: vide Monarquia Lusitana de Bernardo de Brito. - ↑ V. Quarta Opin.