Tomou o habito de presbytero secular da Ordem de S. Pedro na Sé de Olinda em Agosto de 1843 das mãos do Bispo D. João da Purificação Marques Perdigão.
De volta á terra natal, disse sua primeira missa na Matriz de Meruóca, sendo pouco depois nomeado professor de latim na cidade de Granja, cargo que exerceu simultaneamente com os de coadjudor e escrivão da vara ecclesiastica.
Transportando-se em Março de 1845 para a Provincia do Pará, o Bispo D. José Affonso de Moraes Torres nomeou-o parocho de Salinas. Chegando ahi em Maio, tomou posse da freguezia e installou uma aula gratuita.
Depois de 8 annos de magisterio o presidente da provincia resolveu. crear ali uma aula e como remuneração aos bons serviços do Revd.mo Parocho nomeou-o para regel-a, jubilando-se elle em Fevereiro de 1889.
Falleceu a 18 de Abril de 1898 de uma congestão cerebral, que o accommetera em Julho do anno antecedente e jaz sepultado no cemiterio de Santa Isabel de Belem na catacumba n.º 112.
Antonio Martins — Filho de Antonio Dias Martins e D.ª Francisca Xavier de Albuquerque, nasceu a 16 de Junho de 1852 em Fortaleza.
Aos 7 annos retirou-se com a familia para a villa do Trahiry, e voltando de novo á Capital, empregou-se em casas commerciaes como caixeiro de escripta, profissão que deixou pela de empregado da Alfandega.
Fez as primeiras armas na imprensa redigindo em 1875 com Joaquim de Souza e Lino da Encarnação a Briza e collaborando nos Ensaios Litterarios e Lyrio, outros dous pequenos jornaes literários. Em 1876 redigiu com Joaquim de Souza e Rodolpiano Padilha a Mocidade, em 1878 ainda com Rodolpiano e Francisco Perdigão a Tribuna do Povo e de 1881 a 1882 publicou na Constituição uma serie de folhetins sob o pseudonymo de « Delisle », como mais tarde no Libertador de parceria com João Lopes a secção A Semana.