Esses artigos lançam bastante luz sobre um periodo agitadíssimo da historia do Ceará, no qual muito figurou o avô de Ad. Bezerra, o Coronel Antonio Bezerra de Souza e Menezes, condemnado ao patíbulo, e depois mandado em desterro perpetuo para o Norte, pena que não cumpriu por ter fallecido.
Além d’A Reforma, Bezerra de Menezes redigiu A Sentinella da Liberdade, Rio de Janeiro, 1869-70, e foi o redactor chefe do Reformador, em que, além de artigos de doutrina e de propaganda espiritas, escreveu varios romances como os que se intitulam O Casamento e a mortalha, Lazaro, A casa mal-assombrada.
Falleceu na Capital Federal a 12 de Abril de 1900.
Noticiando seu desapparecimento dentre os vivos disse delle a Republica, de Fortaleza, edição de 14: Segundo o nosso telegramma de 4.a feira falleceo no Rio de Janeiro o dr. Adolpho Bezerra de Menezes, cearense, que alli tinha residência, desde o seu aprendizado de medicina, ha cerca de cincoenta annos.
Foi da pleiade illustre de Ottoni, Saldanha Marinho, Octaviano e outros, que, á frente da mocidade do Rio-de-janeiro, trabalharam e disposéram a quéda dos conservadores que se perpetuavão no poder, pela alliança de familias poderosas e da alta burocracia do tempo.
Começou por uma clinica brilhante, que lhe valeo muitas relações, e entrou para a politica trazendo séquito grande de amigos, que o collocaram na presidência da camara da côrte, com accesso á camara dos deputados, por aquelle districto.
No parlamento nacional, aonde se sentou em diversas legislaturas, na camara da côrte e nos circulos da industria e do commercio do Rio-de-janeiro, adquirio pronunciada acceitação, cabendo-lhe ser um dos nomes mais declinados do seo tempo, e estrella de primeira grandesa entre os homens públicos contemporâneos.
Quando surgiu a republica, tinha seo nome n’uma lista triplice para senador pelo Rio-de-janeiro.