plausos por todos os criticos. Raymundo Correia, Clovis Be¬ viláqua e Araripe teceram ao joven poeta os mais justos encomios. Phantos, como toda obra literaria de Lopes Filho, pertence á bibliotheca da Padaria Espiritual, que se sente desfalcada de mais um precioso obreiro. A morte do poeta cearense produziu geral consterna¬ rão, e funda saudade deixará no coração daquelles que elle amou como irmão. A Republica, que se orgulhava de ter entre seus col- laboradores o talentoso poeta, abeirando-se do seu tumulo, verte sincero e sentido pranto de saudade e gratidão. Publicamos, honrando as nossas columnas, o ultimo trabalho do poeta, já no leito da morte: DOLORES No silencio da noite erma Soltei dorida canção: —Suspiros d’um’alma enferma, Gemidos d’um coração... E a briza, que ia passando Mais perfumada que a flôr, Leva á ella suspirando As maguas do trovador... Foi-se a tristonha canção, Foi se extinguir lá nos céos... —Como a sentida oração Que sóbe do homem a Deus...» João Lopes Ferreira Filho—Nasceu a 10 de Agosto de 1854, sendo seus paes João Lopes Ferreira, fallecido de uma occlusão intestinal a 17 de Janeiro dc 1896 com 75 annos, e D.a Francisca de Paula Façanha Ferreira. Foi empregado publico na Repartição dos Correios e na Secretaria do governo do Ceará, professor de Português 494 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA