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Com este serviu o Dr. Amorim Garcia como tambem com o Dr. Miguel Calmon du Pin e Almeida e de um e de outro recebeu sempre inequívocas provas de confiança.

Deixou a Delegacia de policia por ter de assumir a gerencia do escriptorio do Dr. L. A. da Silva Nunes, que acceitara a presidência da Bahia.

Ao constar sua exoneração a imprensa Fluminense, e accentuadamente o «Globo», jornal neutro, registou seus importantes serviços á causa publica no exercício de delicada missão em cujo desempenho revelou excclkntes dotes e muita aptidão.

Voltando da presidência da Bahia o Dr. Silva Nunes, continuou o Dr. Amorim a advogar no mesmo escriptorio em 1877.

A instancias do então Ministro da Justiça, Conselheiro Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque, acceitou o logar de primeiro supplente de uma das delegacias da Côrte, para o qual foi nomeado por Decreto de 14 de Fevereiro daquelle anno.

Foi votado para cargos de eleição popular, no antigo Município Neutro, e serviu tambem, por vezes, de mesario e secretario na freguezia da Gloria, onde se deram renhidos pleitos eleitoraes.

Teve mais de un ensejo dc entrar para a magistratura, por occasião de vagas que nella se abriram, entre outras nas antigas províncias do Rio de Janeiro e de Minas Geraes, para onde foi convidado pelo Dr. Francisco Januario da Gama Cerqueira, com quem cultivava as melhores relações, mas continuou na advocacia, na qual já se achava encarreirado.

Em Dezembro de 1879 voltou ao Rio Grande e ahi abriu banca de advogado, mais tarde, em 1885, foi nomeado Director da Instrucção Publica e em 1886 Delegado Especial nos exames preparatórios. Era então ministro o Barão de Mamoré cujas vistas secundou no sentido de melhorar tão importante ramo do publico serviço.

Com o advento da Republica serviu de Chefe de policia com o Governador Dr. Jeronymo Americo Raposo da Ca-

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