sul do paiz já ia mui adiantada, sob a direcção de Quinti¬ no Bocayuva, Francisco Cunha e outros próceres da ideia republicana. Dias depois, creava-se o club «Democracia Cearen¬ se*, sob a presidência do Coronel Antonio Pereira de Brito Paiva, tendo, por orgão, na imprensa «A Revolução*, que se imprimia em uma typographia de propriedade do «Club», á rua das Flores n.° 35. O seu primeiro numero foi distribuído a 1.° de No¬ vembro de 1872. O seu artigo-programmaassim terminava: «Ide «Revolução», desfraldae aos quatro ventos—a bandeira da democracia, levantae os brios abatidos pelo ty- ranno de vossa patria, annunciae á nação—que está pres¬ tes a soar a ultima hora da unica realeza americana. Ide que o futuro vos pertence. Deus protege a vossa causa». Logo em seguida ao artigo-programma vinha o ma¬ nifesto, que concluia do seguinte modo: — «Nós, filhos de uma provincia de tantas tradicções gloriosas nos annaes da democracia, não podiamos ficar indifferentes, quando se trata da salvação de nossa patria. Vamos, portanto, tomar o nosso posto de honra nas fileiras republicanas, e contribuir com o nosso esforço para o triumpho real da democracia. Sejamos livres, sejamos americanos. Dê-se ao Brazil o assento de honra que lhe couber entre as nações americanas». Este manifesto estava assignado por Antonio Pereira de Brito Paiva, Francisco Barrozo, Francisco Antonio d’01i- veira Praxedes, Alexandre Gadelha, João Cordeiro, Catão Paes da Cunha Mamede, Lino de Souza Encarnação e Fre¬ derico Severo de Souza Pereira. «A Revolução» foi bem recebida pela imprensa li¬ beral, representada pelo «Cearense» e pelo «Futuro», este sob a direcção do Dr.José Avelino (vide) e aquelle do Sena¬ dor Pompeu (vide). «A Constituição», orgão conservador de Fortaleza, 251 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA