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Biblia do Amor, poema lido na sessão, que celebrou o Centro Litterario a 18 de Janeiro de 1895.

Versos de hontem, Typ. Studart, 1896, com prefacio de Vianna de Carvalho.

Estupro, novella naturalista, publicada no Iracema, ns. 7 e 8, 1896.


Pedro Pereira da Silva Guimarães — Bacharel em Direito pela Academia de Olinda, na qual se matriculou em 1833.

Nasceu em Aracaty a 29 de Junho de 1814 e foram seus paes João Pereira da Silva Guimarães, português, e D.ª Anna Rodrigues Pereira, Aracatyense.

Formado a 21 de Novembro de 1837, veiu para Fortaleza associando-se logo á redacção do 16 de Dezembro. No anno seguinte fundou O Popular, que acabou pelo quebramento do prelo, e de 1841 a 55 escreveu no Pedro II, notando-se entre as muitas publicações suas a serie das engraçadas Cartas de Braz Pitorra á sua sobrinha Ignez Sensata, sendo que o tempo ainda lhe sobrava para redigir o periodico O Periquito (1846), que tanto combateu e ridicularizou a administração Vasconcellos. Publicou n’O Commercial (1855) os Alforges, folhetins muito jocosos. Mas incontestavelmente foi O Sol (1856) a mais exhuberante manifestação de seu genio de critico e polemista.

Alem dos trabalhos da imprensa, publicou o Vademeco dos Poetas ou collecção de sonetos jocosos, exquisitos, curiosos e burlescos, extrahidos de varios auctores, Pernambuco, in-8.º, 1835, o Sortilegio Pueril, a Cartilha de Meus Filhos, o Passa Tempo divertido e O Nome Pedro, obra em 2 volumes, dedicada ao Imperador e de que se occupou Antonio Feliciano de Castilho no seu Almanak Geral.

Foi promotor publico de Fortaleza (Dec. de 11 de Abril de 1839), juiz municipal e de orphãos de Fortaleza (Dec. de 23 de Janeiro de 1843) e dos termos de Vigia e Cintra na provincia do Pará (Dec. de 14 de Outubro de 1845), e professor de geometria no Lyceu do Ceará, em cujo salão nobre está o seu retrato juntamente com os dos seus collegas de magistério alli.

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