DOM JOAO VI NO BRAZIL

dous povos Hespanhoes e Portuguezes, sendo tudo mais gentfo.

Tudo no Brazil, considerado na sua generalidade, se encontrava falho, rudimentar e indeciso, e a fgnorancia vul gar apenas se modificarfa no tocante aos individuos de certa classe, dando a situagao dos demais nos nossos dias uma justa idea da que seria n aquelles tempos.

Os limites mesmo do paiz eram muito incertos, conti- nuando em plena actividade a expansao portugueza, sobre- tudo para o Su*l e Sudoeste, no fito de assenhorear-se dos ricos terrenos de alluviao da margem direita do Paraguay e Parana e das duas margens do Uruguay, e ficar com toda a regiao a leste do estuario do Prata e com tao excellente fronteira. A populagao hespanhola da Banda Oriental diffe- ria pouco no aspecto da populacao gaucha do Rio Grande : os mesmos homens inusculosos e trefegos, montados em ligeiros cavallos e mettidos em ainplos ponchos. Nao Ihe era, porem, affeicoada. A velha antipathia de raga fallava sempre alto n essas terras onduladas e bem regadas, com bellas mattas e muitos campos, onde crescia algum trigo, pastava muito gado e se levantavam poucas cidades, sendo n ellas mais frequentes as casas de taipa que as -de tijolo, e mais numerosas as im- mensas estancias, com raras habitacoes isoladas, do que os aldeamentos.

Para os Portuguezes a antiga Colonia do Sacramento cujo future tinha por garantias seguras o clima e a fertili- dade, e que Dom Joao VI ia de novo incorporar na monarchia brazileira, valera sobretudo como um admiravel ponto de contrabando para as possessoes hespanholas, no qual se ti- nham chegado a empregar mais de 30 navios. Mercadorias na importancia de milhao e meio de piastras desciam assim

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