118 DOM JOAO VI NO BRAZIL
tava Santa Catharina, pouco depois da chegada do Prin cipe Regente, mais do que 3.000 habitantes distribuidos por uma villa e sete aldeias, e a vida resentia-se &a maior falta de conforto, nao obstante o clima delicioso, as flores abun- dantes e formosissimas e a extrema fertilidade do solo, o qual ja produzia cereaes, legumes, mandioca, tangerinas, assucar, cafe, linho e nos alagados arroz, ao mesmo tempo que se cortava muita madeira das suas mattas frondosas e se apanhava muito peixe nas suas aguas vivas.
Diz comtudo John Mawe, que esteve em Santa Ca tharina em Setembro de 1807, que a apparencia geral da villa e as maneiras dos habitantes apresentavam uma deci- dida (striking) superioridade sobre as terras platinas donde elle chegava. O commercio na verdade era quasi nullo, mesmo porque a producgao local muito pouco excedia o con- sumo, mas o Desterro era em todo caso ponto frequente de escala e aguada para as embarcacoes que do norte se diri- giam para Montevideo e Buenos Ayres. Ahi se encontra- vam sempre artifices para qualquer reparo e abastecimento para qualquer urgencia, de provisoes alimenticias bem se entende, pois que a produccao industrial se cifrava nas li- nhas e redes para as extensas pescarias que abrangiam a das baleias e constituiam a principal occupagao dos hospitaleiros habitantes da ilha, e n umas j arras para agua e utensilios culinarios de barro vermelho, que se exportavam para o Rio de Janeiro e para o Rio da Prata.
Mawe da para a ilha e dependencias o algarismo de 30.000 habitantes, o que e uma prova mais do quanto podem variar esses calculos a esmo feitos sem as indispensaveis es- tatisticas. Este auctor e alias propenso a augmentar, pois <aue orc.a a populagao do Rio n essa epocha em lOO.OOO al-
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