DOM JOAO VI NO BRAZIL 161
ruga, farinha de mandioca, criaqao, fumo, guarana e cas- tanhas do Para.
O administrador Gama Lobo ahi estabelecera nos fins do seculo XVIII uma fiacao de algodao e uma olaria, em- pregando os indios mansos a pequeno salario por conta do governo, declinando todavia depressa ambas as fabrfcas. Um pouco mafs de animagao mostravam as cordoarias de piagaba, cujas amarras e cabos se usavam no arsenal do Para e se exportavam para as Antilhas, e cuja materia prima era em parte comprada aos Hespanhoes da fronteira em Sao Carlos do Rio Negro.
A populagao de todo o Brazil assemelhava-se afinal de norte a sul e de leste a oeste. Pode dizer-se que era homo- genea pela apparencia resultante das mesmas origens e cru- zamentos, pelas industrias pouco variadas e distribuidas por zonas determinadas, e pelas feigoes salientes do caracter. Por este lado a uniformidade dentro da diversidade, indis- pensavel para manter a cohesao de uma sociedade que tendia a evoluir e cuja actividade se dispersava em occupacoes dif- ferentes, dava um desmentido a latente inclinagao separa- tista que tinha estado alimentando durante o periodo colo nial a directa dependencia administrativa das capitanias em relagao a metropole distante.
Nas cidades os elementos que avultavam eram o com- merciante, o religioso e o servil, tanto dos servigos domesti- cos como dos de utilidade publica. Eram de cor e muitos d elles escravos os vendilhoes que de camisa, ceroulas e saiote de algodao grosso, offereciam pelas portas cambadas de caranguejos e sirys em cordas, como o eram os remadores que, com o jaquetao de baeta posto por cima dos seus risca- dos, transportavam em can( A )as para algumas villas as pipas
D. J. 11
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