204 I >OM JOAO VI NO BRAZIL

pagar esta ultima cultura quiga ao ponto de supprir todo o mercado europeu, que recebia de muito mais longe o sen fornecimento. Seis mil pes estavam plantados em i8i7> que davam um producto forte mas pouco aromatico, ainda gros- seiro e com gosto de terra no dizer de Spix e Martius. O piano nao gorou, todavia, por imprestabilidade dos terre- nos, antes por causa da subida dos salarios determinada por tal ou qual animagao industrial, e da morosidade dos centos de Chinezes importados, muito provavelmente dentre a rale de Cantao, impondo-se assim o dilemma de sahir o cha muito caro com o trabalho nacional, ou ser necessario fazer vir maior quantidade de Chins para fabrical-o em proporgao razoavel para o consumo local e estrangeiro. O que faltou, porem, sobretudo para que vingasse aquella cultura foi a animaqao que Ihe ernprestavam os enthusiasmos de Linhares. Para propagar a cultura da vinha, importaram-se 80.000 bacellos, que o Principe Regente mandou distribuir. Logo em 1809, pela resolugao regia de 27 de Julho, fora a Junta do Commercio do Brazil e dominios ultramarinos auc- torizada a estabelecer premios, pelas sobras do seu cofre, as pessoas que fizessem acclimar, em qualquer dos estados e possessoes de Portugal, arvores de especiaria fina da India, e que introduzissem ou melhorassem a cultura de outros vegetaes, extranhos e indigenas, preciosos pelo seu uso na pharmacia, na tinturaria e em outras artes. N esse mesmo anno teve a Junta opportunidade de conferir uma medalha de ouro ao chefe de divisao Luiz de Abreu, o qual, tendo estado prisioneiro de guerra na ilha de Franga ou Mauricia donde sahiam os navios francezes a depredarem o commer- cio portuguez com a India e China foi quern, ao ser resga-

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