POM JOAO VI NO BRAZIL 217
condigoes preciosas o tacto e o traquejo do relacionado di- plomata. De Junho de 1817 ao fim do mesmo anno precedeu a Thomaz Antonio na gerencia d aquellas pastas o diplo- mata Joao Paulo Bezerra, que apezar da sua manifesta in- validez occupava des-de o comeco do anno os ministerios do reino e erario, pertencentes ao marquez de Aguia.r que, ja moribundo, apenas conservou a assistencia ao despacho.
Nos annos de 1818 a 1821, T homaz Antonio reuniu assim sob a sua direcgao o reino, o erario, os negocios es- trangeiros e a guerra, tendo mesmo chegado um momento, nos comedos de 1818, em que com tambem accumular a marinha o desembargador concentrou em si todo o mecha- nismo governativo, tornando-se o ministro universal d um rei absolute. Era por seu lado precise que este Rei tivesse algum valor para que, preponderando no seu conselho ora um ministro energico e innovador como Linhares, ora um indifferente libertino como Galveas, ora um dilettante intel lectual e politico de horizontes largos como Barca, ora um espirito acanhado e rotineiro como Aguiar, ora um homem de lei apegado as praxes forenses e de curta visao diplomatica como Thomaz Antonio, o progresso se mantivesse n uma es- cala apreciavel, denunciando uma accao mais ou menos constante, mais ou menos vigorosa, porem una e directa sobre a marcha que tomavam os acontecimentos. Tal foi o papel do monarcha que fundou a nacionalidade brazileira: atravez dos ministros agia a coroa, cuja direcc.ao suprema apresentava as modalidades diversas dos agentes que encar- navam o impulso do movimento de transformagao contido na r/bra administrativa.
Naturalmente Dom Joao VI via-se melhor compre- hendido por uns ministros do que por outros, e os prezava
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