DOM JOAO VI NO BRAZIL 225

da crescente navegagao estrangeira. A tradigao pinta o major apparecendo inesperadamente nos batuques, empol- gando os vagabundos que, depois de castigados, eram levados a assentar praga, e rastejando admiravelmente os criminosos.

Comtudo os furtos no Rio eram frequentes e cada dia se iam tornando mais, assim como as brigas invariavelment? assignaladas com facadas, a medida que augmentava em nu- mero a rale desordeira. O representante francez escrevia n um de seiis officios (i) que nao possuindo a policia por- tugueza bastante actividade nem meios sufficientes de des- empenhar o seu papel, acontecia serem raramente punHos os delictos commettidos pelos nacionaes e, pelo que toca aos estrangeiros, contentar-se a administragao com expulsar aquelles cujo comportamento se Ihe tornava suspeito. O facto e que as devassas encontravam grandes difficuldades e os crimes offereciam entao muito maior probabilidade de ficarem impunes, apezar de toda a habilidade de Vidigal. Tanto estavam porem mais em harmonia com a falta de edu- ca^ao do povo e as ideas correntes os processes summaries do major e seus acolytos, que em 1821, depois do 26 de Fe- vereiro e consequente substituicjio de Paulo Fernandes Vianna por Pereira da Cunha, peoraram muito as condigoes policiaes da cidade, a qual ficou anarchizada, soltando-se as maltas de capoeiras que, armados de navalhas e as cabe- gadas, espalhavam o terror nas festas e nos ajuntamentos populares.

Nas attribuigoes da Intendencia continham-se encar- gos de hygiene, o que nao obstou que por decreto de 28 de Julho de 1809 se creasse o lugar de provedor-mor da saude da corte e Estado do Brazil, tendo por officio fiscalizar as

��(1) 1C de Agosto de 1818, ilttciit.

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