302 DOM JOAO YJ No IHIAZIL

Ainda o Castelhano formulava uma ultima obje- cgao ao governo de Dona Carlota, provocada pelo facto in- questionavel de intrfgarem os Inglezes pela independencia das colonias hespanholas, e portanto virtualmente pela solu- gao democratica: "Verdad es, y estoi persuadido de lo mismo; pero acaso los Ingleses se opondran" -ao que o seu inter locutor replicava com vivacidade "que es un temor vano, i injurioso a la Inglaterra; esta se ha sacrificado por nosotros y por nuestra Dinastia, y no seria regular, antes es opuesto a toda razon el que veniese a batallar en America en contra de aquellos que protegio en Europa: si adoptasemos quales- quiera otro partido, que no sea este entonces si, que seria en el campo con nosotros, y sufririamos todo el peso de una con- quista, despues de haber hollado las mas sagradas obliga- ciones". ( I )

O dialogo em questao encerra uma allusao historica que exprime fielmente o fundo do pensamento do conde de Linhares n estes assumptos platinos e offerece a razao da sua conoordancia com o projecto ambicioso de Dona Carlota Joaquina, emquanto Ihe pareceu viavel: e o simile de Fer nando e Izabel. Aragonezes e Castelhanos conservaram-se na verdade distanciados, no goso da sua autonomia respectiva durante a uniao conjugal e administrativa dos seus dous so- beranos, mas para se approximarem e fundirem sob a sua descendencia. Carlos V ja foi o monarcha da Hespanha una e indivisa: assim, na visao de Dom Joao de Braganca, o seu filho ou neto poderia vir a ser o Imperador da America unificada pela reuniao das possessoes das duas metropoles peninsulares, gragas aos esforcos de um estadista de genio,

��(1) Este dialogo foi remettido em manuscripto & Princeza do Brazil pelo seu agente Contucci, e encoBtra-se entre os Papeis avulsos do Aroh. do Min. das Rel. Ext.

�� �