CAPITULO VIII

��A REGENCIA HESPANHOLA

��Na Peninsula Iberica, ou com mais propriedade no can- tinho a sudoeste onde se havia refugiado, longe do fragor das armas francezas e inglezas, a soberania nacional, agi- taram-se pelas mesmas causas as mesmas influencias durante todo o tempo em que na America se urdiam as intrigas pla- tinas. Dona Carlota aspirava a Regencia da Hespanha, como fonte de poder para os seiis dominios ultramarinos ; Palmella, representando a corte brazileira e o jogo de Linhares, se- cundava as ambigoes da Princeza, de accordo com os in- teresses nacionaes ; a Inglaterra, pela voz de Wellesley, guer- reava os projectos da Infanta e contrariava as vistas do governo portuguez.

Este bem conhecia que em Londres se encontrava o empecilho mais serio a execugao dos seus pianos. Em sua correspondencia official, ja aos 23 de Julho de 1810, o mi- nistro americano no Brazil, Thomas Sumter, attribuia a falta de animagao por parte do gabinete britannico o aban- dono das pretengoes de Dona Carlota Joaquina, quando sem vacillar aventava que a corte portugueza desejava, tanto por

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