456 BOM JOAO VI NO BRAZIL

mandantes alliados por ver partir o commissario francez- "esse homem intrigante e cabalista, que nao cessava de fo- mentar a desordem e desuniao por toda a parte." ( I )

For estes motives e sobretudo por ja se haver tornado publico o documento, nao foi mais possivel alterar a capita- lagao no sentido indicado pelo capitao general do Para. Alias Manoel Marques explkou perfeitamente sua norma de proceder, allegando (2) a difficil situacao militar em que se encontrara no interior da ilha, quasi sem viveres, com grande parte dos officiaes e soldados doentes, tendo que guar- dar os portos conquistados para conservar o mar livre e sem as forces sufficientes para tentar um ataque formal contra Cayenna, faltando tres leguas mais de marcha, "por um caminho estreitissimo, ja montanhoso, ja alagado e cheio de desfiladeiros, guarnecidos com artilharia que os fazia quasi inaccessiveis... ; portanto que partido me restava a tomar : Proper capitulagao on retrogradar, reembarcar-me, deixar a conquista em meio e ao inimigo os meios livres de fortifi- car-se melhor, servindo-se de novos meios".

Na corte nao produzio impressao m-enos penosa do que no espirito do tenente general Jose Narcizo a referen da aos escravos alliciados, por ordem expressa do governo portuguez, para fins de sublevagao e de destruicao. O pare- cer do Ministro Galveas, apresentado ao Principe Re- gente, (3) rebate com energia tal asseveracao, bem como a dos incendios ateados pelos negros forros desse modo, os quaes teriam entrado, ao que se propalava, a anniquilar des-

��(1) Off. de Manoel Marques de G de Maio de 1SOD.

cJi Off. cit. de 6 de M;iio.

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