DOM JOAO VI NO BRAZIL 465
de Pariz de 1814. Quando lord Castlereagh em fins de 1813 annunciou ao embaixador Funchal a sua partida para os quarteis de inverno dos soberanos alliados em Francfort, perguntou-lhe si havia alguem na Europa munido de plenos poderes do Principe Regente para assistir e deliberar n um Congresso de paz geral. Respond eu-lhe Funchal que elle proprio possuia instruccoes eventuaes para isso, da das em Janeiro de 1809, mas que o conde de Palmella, o qual fora nomeado ministro em Londres em Fevereiro de 1813 e soli- citara da sua corte no verao do mesmo anno, emquanto nao tomava conta do posto, a missao de ir cumprimentar o Czar Alexandre pelos successes militares russos e assistir ao Con gresso de Praga, so ou com Funchal, poderia perfeitamente ir como viajante observar os successes e esperar, la mesmo em Francfort, os plenos poderes pedidos. Estes nao tinham chegado ainda porque deviam provavelmente encontrar-se na mala do paquete Duke of Montrose, atirada ao mar na oc- casiao da captura do navio pelos Americanos.
Palmella estava prompto para seguir, accedendo ao alvitre do collega e tio, porem lord Liverpool achou mais conveniente esperar elle na Inglaterra as participates de lord Castlereagh, que Funchal se compromettera a aguar- dar; tanto mais quanto nao havia ainda Congresso resol- vido pelas grandes potencias que ja negociavam nas immedia- goes de Pariz e, sem credenciaes, nao conseguiria Palmella tomar parte nas deliberagoes de qualquer Congresso sobre que se accordasse.
Lord Castlereagh nunca todavia escreveu a Funchal, segundo combkiara. Foi antes este quern Ihe escreveu quando se assignou o armisticio entre a Inglaterra e a Fran- ga, submettendo-lhe a idea de, sobre o fundamento dos seus
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