34 DOM JOAO VI NO BRAZIL

��para a dynastia. Murat igualmente regeftou in limine o offe- recimento do throno portuguez, preferindo Napoles, ja qu? nao pudera ter a Hespanha: apenas Soult o ambicionaria mufto, ao commandar a segunda invasao de Portugal.

Napolefio persuadira-se que a occupagao militar e a transformagao politfca da Hespanha seriam emprezas facil- limas, inclinando-se todas as resistencias ante a magia do seu nome glorioso. Em vista, porem, das dif ficuldades que por todos os lados surgiam - - a insurreigao popular, a descida dos Inglezes e outras - - embaragando a sua acgao, entao muito reclamada na Europa central e oriental, e da momen- tanea ma vontade de Jose, desejoso, na sua irresolugao e apathia, de regressar para a deleitosa Napoles, pensou nova- mente Napoleao em recuar as fronteiras da Hespanha ate o Ebro e com o grosso da Peninsula, incluindo Portugal in- teiro, formar um reino unido para o Principe das Asturias, rei de direito, o qual despozaria uma das suas sobrinhas e passaria assim de Bourbon a Bonaparte. Jose receberia al- gures a sua indemnizagao territorial, que alias rechassou, nao querendo afinal trocar de reino e preferindo, mettido em brios, veneer e ficar, posto que como rei hespanhol, indepen- dente e liberto de toda vassalagem ao Imperador.

A toda essa gente deixava o Regente de Portugal o campo livre para a contenda. Um mez, dia por dia, depois de assignado o convenio de Fontainebleau, embarcava D. Joao Carlos de Braganga para a America do Sul, a conselho do governo britannico e escoltadas as suas naus por navios bri- tannicos. Nao podia o governo portuguez repudiar por forma mais patente as medidas hostis a Inglaterra, que havia suc- cessivamente adoptado sob o receio da temivel colera napo- leonica. De seu lado a Inglaterra mandava restituir as pro- pnedades portuguezas aprezadas pelos navios de guerra ou

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