DOM JOAO VI NO BRAZIL 541

glezes: "O objecto da expedigao do cavalheiro Beresford nao tern outro fim, senao o de facilitar a S. A. R. os meios de accelerar a sua partida deste paiz, no caso que julgue conveniente servir-se della. Nem em caso algum ella se deve considerar como uma escolta para proteger a Pessoa sagrada de S. A. R. ; porque seus proprios navios poderiam amplamente exercer este honroso emprego." Respondendo anteriormente a uma pergunta de elucidagao da parte do gabinete portuguez, ja Strangford se vira forgado a decla- rar "que nao tin-ha avizado cousa alguma positiva a respeito do regresso do Principe, mas unicamente participara por varias vezes os desejos, que S. A. R. manifestara de voltar a Portugal" (i).

Nao querendo insistir muito no assumpto para nao pa- recer que procurava tornar intoleravel a incommoda posicao do diplomata britannico, o marquez de Aguiar inseria toda- via os seguintes maliciosos dizeres na sua nota de 15 de Ja neiro: "E ainda que, em data de 3 de Novembro, commu- nicou a esta Corte o conde de Funchal, que em conversacjio com Mr. Canning este Ihe dissera, que tinha lido o despacho formal em que S. Ex^. Lord Strangford pedia a immediata partida da Esquadra Ingleza, S. A. R. a pezar desta contra- diccao, e de haver grande difference entre a expressao de seus desejos, e a declaracao da epocha, em que Ihe convem cumprillos, se persuade que houvera algum malentendido, donde resultou esta accelerada determinac,ao."

O ministro de estrangeiros de Dom Joao aproveitava a occasiao para officialmente justificar a attitude do sen Prin cipe, com as seguintes vagas explicates e asserqoes: U A

��(1) Esta corrcspondencia acha-.SL publicada no CoWciio Bra- sillcnse.

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