DOM JOAO VI NO BRAZIL 945
A Portugal e Brazil nao era licito levar tao longe seu deva- neio de dominio americano : a Hespanha e que se nao confes- sava, longe d isso, vencida nas suas colonias, e ate jurava tirar estrondosa desforra da perfidia portugueza em se aprovei- tar das suas difficuldades.
For todas estas razoes politicas, e porque sua natureza era amiga das commodidades, sobretudo aos 50 annos, (i) e se sentia bem no Brazil, resistio o Rei ao desejo expresso, ao ciume manifesto, as reclamagoes da antiga metropole, tao desgostosa com a per da da sua posigao de auctoridade e de exclusivo economico, que chegou a correr no Rio de Janeiro com grande irisistencia que os Portuguezes, renovando os episodios nacionaes do Mestre d Aviz e do Duque de Bra- ganca, iam acclamar soberano o joven Duque de Cadaval, descendente, como os Bragangas, do Condestavel Nunalvares.
Fora Cadaval, filho do duque fallecido na Bahia a vinda de Lisboa, o primeiro fidalgo de nota a desertar a corte americana de Dom Jofio VI, regressando para Lisboa, a pretexto de tomar estado, com a duqueza sua m3i, na com panhia de seu tio materno o duque de Luxemburgo, quando voltava de reatar as relagoes entre a Franga de Luiz XVIII c o governo portuguez. (2)
Radicava-se tambem o boato da usurpagao no facto relatado por Debret, bem informado n estes assumptos, de andar o joven Cadaval mal visto na corte, porque, muito vanglorioso da sua estirpe e tendo a atical-o o orgulho da
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(2) MHio .M(,]-;IMS (Bragtt-Reino e i:ni:-if~/n,iwi t pita o^(> cidente historico con, Cadaval, qu confinnam umas rcf.M-fmpias muito Luccoch e corrobona n eorrespondencia rliplomatica do tomoo A const n.ccao plan, ;,,!;. do ,,m solar no Rio. nas Laranjeiras, linha pro-
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