DOM JOAO VI NO BRAZIL 949
e Portugal humilhado e empobrecido pela sua ausencia, e affligido pela distancia." (i)
No velho Reino o descontentamento nao fizera mais do que ir crescendo ate que se manifestou tumultuario e sub versive. No proprio officioso Investigator Portuguez em Inglaterra, que deixou de receber a subvencao e por isso teve de suspender a publicagao (2), citavam-se em 1818 as Cortes de Coimbra, nas quaes foi acclamado Rei o Mestre d Aviz, em abono da these de que aos Portuguezes cabia o
��(]) Vorsao publicada no Corrcio I razilictixc. Na sua obra sobre o Congrcsso de Vienna de facto em todas suas pub! leagues manifes- tava-sc di> forma ainda, mais cathegorica a opiniao do antigo capellao de Napoleao e ex-arcebispo de Malines : "El-Key nao pode conservar o seu domi-nio cm Portugal e no Brazil, e deve e scol!i:>r ou ser Key de Portugal, e at>andonar o Brazil, on ser Key do Brazil, e abandonar Portugal."
(-) A subvengao de que gosava o Invest if/ndor foi retirada em 1$19 pel os excesses- e erros commettiidos, no .juizo> d,o governo, peto collaborador Jose Liberate Preire de Carvalho, o traductor de Ta- cito ; mandando corntudo logo depois a corte do Kio ordem ao conde de Palrnella para agir no caso eomo melhor entendesso o, quorendo, con- tinuar a sul)vcncionar o periodico. PalmelLa, porem, nao quiz valer-se da faculdade concodida porque, dos ivdactoivs pi iii i]i,M s d ) Irir<,sii- fjailor. urn, o Dr. Vicente J edro Nolasco, cstava muilo doento em Panz, e o outro, o Ir. JNliguel Caetano <i(> Castro, diplomado pela Univer- sidade de Edimburgo, deli berara ir chnicar em Lisbon. Fazia-se mister procurar e encontrar novos redactores habilitados. Sendo os Ainmr* tin* S cw"j/r/r/,s , .lc/r.s e Lettras de Pariz uma publioagao muito espagada (era trimensal I para j)oder ser a])roveitada. com vantagem i>ara fins polilicos, inserindo sc n ella artigos officiosos quando mesmo fossem jiara tanto coinjji t entes os sens direclon^s, cu.ias habilitates e pre- (Ulec(,-oes eram diversas acbava Palmella preferivel, ]ara rcsjionder as verrinas d O Porhif/ucz e do Corrcio Jirn.zilH iixt , "publicarem-se no Kio do .laneii-d e i-ni I-Lslima jorna-s (pni drr-MKlrss^m a cauz.a do Go- vcrno com talento <> conhecimento." (Corresj). de Londres, no Arch, do Min. das Kel. Ext.)
Pnlmella nao se vcxava coin esses joniaes da nn sma forma que Funchal, tambem porque elles o maltratavam incompara vi-invenlr mi nos, e o sen alvit.ro tinha a dupla vantagem de evj tar a L<>ga<.-ao cm Londres o contacto pouco agradavel de uma impr-cusa assalariada, que entrc os Inglc/i-s pouco signif ic,ava e aos I orl uguczes nenhum si>rvico I l-C slava dc valoi-. <> vulgari/ar nas duas ca])it;i(>s do Rcino Unido ilc I orl ugal e Bra/il o uso da im]).rensa politica com os benoficios quo d elle se derivavam.
Os Annaes obtivoram todavia um subsidio pnrn mnntorem-se P isfo (|ii(> permanecendo a politica fora da orbita das saiaa preoe- cupacoes.
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