DOM JOAO VI NO BRAZIL 1025
vimento que cada anno mais se accentuava, e melhor base se nao poderia offerecer a uma forma autonoma de governo.
O embaixador em perspectiva de Luiz XVIII pensava que a Franca pelo contrario, ja que nao visava a dominar politicamente, mais conviria a desaggregagao do Reino Unido, pois assim se Ihe antojava no Brazil o ensejo de conquistar uma posigao economica ao mesmo tempo que se Ihe abria em Portugal a opportunidade de recobrar, em beneficio mer- cantil, a influencia de antes do tratado de Methuen, que ja fora dictado sobretudo pela preoccupagao portugueza de pro- teger as possessoes transatlanticas.
Por rmeio de uma allianga coin a corte de Lisboa, logra- ria alem do mais a de Pariz pesar sobre a Hespanha e recupe- rar os metos de accao que, segundo Saint-Simon, "a situaqao actual torna mais necessarios." Menos de quatro annos depois a Franc,a intervinha com effeito alem dos Pyreneus, co- Ihendo o Duque d Angouleme os faceis louros do Trocadero.
Franca e Inglaterra concordavam no emtanto em con- siderar infensa aos seus interesses a uniao iberica, que a ambas reduziria de metade as possiveis vantagens politicas e com- merciaes. Em Portugal era esta tambem a solucao temida pelo maior numero e que o rancor nacional attribuia igual- mente ao Brazil, pois mercc da Banda Oriental fora que chegara a concentrar-se na fronteira um exercito hespanhol contra o qual o velho Reino, para garantir a sua autonomia, so enxergava arm as, desproporcionadas na quantidade mas talvez superiores na qualidadc, no valor disciplinado do seu exercito reduzido e no desespero patriotico da sua populagao.
^\ Hespanha tinha comtudo um objectivo mais remoto e menos singelo do que a annexagao portugueza, a qual seria um alimento demasiado forte em seu estado de debilidade. A
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