1032 DOM JOAO VI NO BRAZIL

tanto a volta, que mandasse em seu lugar o Principe Real: a salvagao podia effectuar-se sem essa condigao, mas o pe- nhor seria precioso das boas intengoes do soberano.

Esta ultima reflexao foi quanto Beresford manifestou ao encarregado de negocios de Franga, calando que se occupava de promover a realizagao do alvitre. Nem Maler Ihe per- guntou por mais porque, na sua phrase, "le marechal n est pas un hornme a questionner, il faut se contenter de ce qu il veut vous dsre."

Dom Joao VI negou-se a deixar partir Dom Pedro, si bem que fosse conselho instante de Wellington e nenhuma opiniao mais auctorizada, ou que maiores probabilidades ti- vesse de ser executada que o marechal devia volver sem de- mora a Lisboa afim de parar os golpes de uma revolugao que ja era inevitavel, seguindo-o, porem, de perto o herdeiro da coroa ( I ) . Beresford foi o unico a partir no Vengeur, um dos navios da divisao do commodoro Sir Thomas Hardy, mas para encontrar consurmnado o movimento.

Soubera-se em Portugal que o marechal era portador do resto da divida as tropas e a informagao fez apressar o levante, pois receiavam seus promotores que, pelo principio de cessada a causa, cessar o effeito, o pagamento acalmasse a effervescencia entre os soldados e apagasse o descontenta- mento. A Junta liberal nem perrnittio ao marechal des- embarcar. Na barra mudou de embarcacao e singrou para Inglaterra no Arabella, deixando porventura uma unica pessoa saudosa entre tantas que Ihe faziam a corte- "la tres jolie et fringante epouse" de urn funccionario portuguez, da qual era Beresford notoriamente amante (2).

��(1) Officio cifrado do Los^ps, de 15 de No-vembro de 1820. ( 2) Tollenare, paa-te inedita.

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