DOM JOAO VI NO BRAZIL 1071

Para o conselheiro valido, o Brazil era um terreno onde poucas sementes das novas ideas tinham sido langadas, por- tanto o que permittia residencia mais facil e agradavel a urn monardia absolute ; alem de ser uma terra quasi toda por desbravar e de recursos fartissimos, a qual convinha iso- lar do contagio da peste da emancipagao grassando nas colo- nias hespanholas e a maior parte ja tendo assegurado a inde- pendencia. Para conseguir tal fim era, porem, indispensavel permanecer o Rei no Brazil e permanecer igualmente um dos netos, o que tivesse de herdar a coroa.

A resposta de Dom Joao VI a margem e evasiva e timo- rata como de costume, quando se tratava de affrontar opi- nioes alheias e de fazer prevalecer o proprio sentimento occul- to: "Ate este momento ainda nao falei a meu Filho quero que me diga se esta na mesma opiniao diga-me o que Ihe devo dizer e se ouver replica, o que Ihe devo responder." Alguns dias depois, a 4 de Fevereiro, ja Dom Joao annun- ciava ter recebido o voto do filho, com quern devia avistar-se, e de facto se avistou, na ilha do Governador, mas tornava a reclamar o parecer de Thomaz Antonio.

A 10 de Fevereiro, como quern de continuo pergunta a mesma cousa ate que Ihe respondam como deseja, instava ainda o monarcha pela replica do seu ministro, nap se fur- tando por fim Thomaz Antonio a repetigao da sua idea de ida do Principe so ou apenas com a esposa, pois que an accusava o Rei o parecer d elle (i). Desde 8 communicara Maler para Pariz estar resolvida a partida imminente de Dom Pedro na qualidade de Condestavel, ficando no Rio Dona Leopoldina por se achar no ultimo mez de gravidez,

��(1^ Par a V\HO parecer ou mesmo porque de facto s nao guiava so pelas luxes dc Thomaz Antonio, ajuntava o Ilci ter tainbem pedido o parecer de outro ministro.

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