DOM JOAO VI NO BRAZIL 1093
theatres e roletas, e o padre Macamboa, outro ecclesiastico, que advogava no foro.
Ajunta o encarregado de negocios de Franga que estes foram os personagens que se destacaram no pronunciamento, mas que pessoas de rang plus eleve teriam ajudado a em- preza. Arcos foi accusado pelos que Hie conheciam as ambi- goes e attentaram no seguimento dos successes, e o Principe Real nao apparece isento de cumplicidade aos que reparam na celeridade com que compareceu no lugar de reuniao das tropas amotinadas desde a madrugada no largo do Ro- cio; na facilidade com que se prestou a assumir a direcgao do levante, rece bendo os protestos, as reclamagoes e as im- posicoes co-mo si de tudo estivesse inteirado; na presteza com que do terraco do theatro de Sao Joao, por entre acclama- goes freneticas, jurou em nome do Pai deferir quanto d elle exigiam, exhibindo uma passividade que Ihe nao estava no temperamento e apresentando elle proprio a multidao re- volta, para approvacao, uma lista de ministros e outros func- cionarios executivos - - intendente de policia, general com- mandante das armas, thesoureiro-mcr, administrador da fa- zenda real, etc. - - preparada de antemao.
Seguido do novo ministerio, que se tratou logo de reu- nir no salao do theatro, onde deliberavam os membros do Senado da Camara e os rnais influentes do movirnento, o Principe, com a mao sobre os Evangelhos, adheriu a futura Constituigao. Desconfiado porem o povo de que elle pudesse, com todas suas annuencias, nao estar interpretando veridi- camente as disposigoes reaes, obrigara-o a ir a Sao Christo- vao buscar a approvagao do soberano aos actos que punham em pratica os votos dos manifestantes, e segunda vez o obri- gou a ir buscar o Rei em pessoa.
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