DA MINHA ALMA.
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Não vès que a debil plantinha,
Privada do teu calor,
De saudade se definha,
Se definha de langor?
Não vès que viver não póde,
Si um raio teu não acóde
A sustentar-lhe o viver ?
Não vès que, sem teu cuidado,
Este pezar extremado
Bem cèdo a fará morrer?


Porque a dòrlhenão evitas,
Que a vai consumindo assi?
Mais qu’esta a terra, que habitas,
Tem attractivos p’ra ti?
Por isso lá permaneces?
E por isso que te esqueces
Da plantinha emmurchecida,
Sem reparar que da triste
Aos tufões já não resiste
0 tenue fio de vida?!

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Não; nãc são os encantos da terra,
Que te attra'em, que te prendem, meu bem;