DA MINHA ALMA.
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Inda quatro longos dias
De insoffriveis agonias
À separar-nos estão!...
Dias, que mais e mais crescem;
Que quatro sec los parecem,
Que lentos passando vão!


Oh! praza a Deus que infinita
Sejas tu, hora bemdita,
Que nos deves reúnir;
Que assim nos teràs vingado
Da tyrannia do fado
Que teima em nos perseguir!


Então esta pobre vida,
De tantos males tecida,
Poderemos esquecer;
E a nossa oblação mais pura
A Deus, por tanta ventura,
Agradecidos render.

1.° de Setembro de 1853.