DA MINHA ALMA.
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Qu'esse quadro, tão do céu,
Não tocou, nào commoveu
Os peitos dos condemnados!!


Vê na pagina sangrenta,
Que o brilho inda mais augmenta
De teu dourado brazâo,
Rolar de Carlos primeiro,
Por mão de algoz traiçoeiro,
A cabeça pelo chão!


Quantas scenas horrorosas
Mancham as folhas annosas
Da medonha historia tua!
Si nas brenhas a escutassem,
Talvez que as féras pasmassem
De uma fereza tão crua!


Monstro, que n'Africa ardente
Vais o negro libertar,
E deixas, incoherente,
Em teu seio vigorar
Lei iniqua, revoltante,
Dando ao marido o poder