DA MINHA ALMA.
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Quem não inveja, na linguagem sua,
A nossa lua a nos fallar de amor?!

Os lindos olhos de Angelina bella,
Nas phrases d’ella, inda mais lindos são...
É, para as almas, sua lyra rara
Magica vara d’immortal condão.

Lagrimas (texto ilegível) a sua arpa arranca,
De Pedra-branca lamentando o fim...
Gloria ao poéta, que tivera a sina —
De voz divina p’ra canta!-o assim!

Contra a britana prepotencia ousada,
O pléctro, irada, vem, por fim, brandir:
’N esse hymno, em prol de sua livre terra,
Clarim de guerra nos parece ouvir!

É o adêjo de seu genio immenso —
Queimado incenso, que se eleva a Deus:
Por Elle ungidos — os seus labios santos
Vertem, nos cantos, todo o mel dos ceus.

De poetisa á rescendente palma
Une a de um′alma, como poucas tem;