DA MINHA ALMA.
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Sim; jamais pôde, do soffrer no meio,
De que tão cheio o meu passado é,
D’alma, guardada por ternura immensa,
Fugir-me a crença, vacillar-me a fé.


Tu me fizeste dêsde tenra idade
Sempre a verdade com pureza amar;
Jamais deixando que a mentira impía
Ousasse um dia os labios meus nodoar.

Quando de pranto me alagava o rosto
De um mal supposto a cruciante dor,
Só tu fazias, me enxugando o pranto,
Que achasse encanto em meu penado amor.

As mil bellezas de uma noite pura
Tu com brandura me fazias ver,
E em cada estrella, que lhe ornava o manto,
Um nome santo, embevecida, ler.

0 mar, o rio, a cristallina fonte,
0 horisonte a se estender sem fim;
No céu a lua a deslisar-se amena,
Bella e serena, pelo azul setim;