DA MINHA ALMA.
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E Guttemberg, que, inventando a imprensa,
De gloria immensa o seu brazão encheu,
E da sciencia o salutar progresso
Ao orbe, oppresso pela ignorancia, deu;

Camões, por Lysia tão chorado ainda,
De Ignez tão linda o immortal Cantor,
Carpindo as magoas da infeliz infanta,
Martyre santa de extremoso amor;

Quanto de nobre, generoso e grande
0 genio expande, que admirar-nos vem;
Quanto d’enlevo o pensamento cria;
Quanta harmonia o coração contem;

Si me arrebata, si extasia e enleia
Est’a!ma cheia de infinito amor,
Anjo! a ti devo, que a tornaste bella,
Plantando 'n ella da poesia a flor.

Graças, meu anjo! dc feliz esposa,
De mãe ditosa, que hoje sou, oh! sim,
Deste-me a gloria, me guardando n'alma,
Nitida a palma de um amor sem fim !