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ECHOS
Praza a Deus, que com tantos desgostos,
Minha pobre razão não feneça;
Que a saudade me não desampare,
Nem seu dôce motivo eu esqueça.
Sim, permitte, Senhor, que em minh’alma
Ache sempre uma imagem querida,
Que, a despeito da sorte mesquinha,
Me atormente, encantando-me a vida.
Que essas vãs alegrias do mundo,
Esses gozos que o mundo aprecia,
Da saudade adorada eu os tróco
Pela dôce e fiel companhia.
21 de Abril de 1850.