DA MINHA ALMA.
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Que atravéz de claro vidro
Nas insomnias te apparece,
Qual companheira extremosa,
Que de ti jamais se esquece?

Vem as lembranças queridas
Do passado te avivar?
Ou as venturas, que sonhas,
Te promette realisar?

Si assim é, porque tão triste
A contemplas, suspirando,
E de Ophir liquidas per'las
'Stão teus olhos distillando?

Acaso não acreditas
No qu'essa estrella te diz?!
Tão bella, tão virtuosa,
Receias ser infeliz?

Ah! receias que te engane
A companheira mimosa,
Que em tuas longas vigilias
Sempre te ri carinhosa?!