DA MINHA ALMA.
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Deixa chorar seu destino,
Quem não tem, como tu tens,
Uma estrella, que, luzindo,
Lhe vaticine mil bens;
Quem o seu astro querido
No céu não póde avistar,
Senão coberto de nuvens,
Que o privam de fulgurar;
Quem do passado só guarda
Recordação, que o lacera;
Quem aborrece o presente;
Quem do porvir nada espera.
Tu, porem, anjo, acredita
No qu'essa estrella te diz;
Tão bella, tão virtuosa,
Não temas ser infeliz.
5 de Junho de 1851.