DA MINHA ALMA.
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Não seres illimitado,
Fôra loucura pensar;
Ao teu despotico império
Quem póde um termo assignar?

Nos corações onde reinas,
Tens poder mysterioso;
Ao bom, as vezes, máu tornas ;
Tornas ao máu, virtuoso!

Ou feliz, ou desgraçado
Possuir-te é bem superno,
Quer ao céo nos arrebates,
Quer nos despenhes no inferno!!

Inferno?!... ao seio onde existas
Póde tal nome caber?
Póde soffrer d'elle as penas
Quem n'alma altares te erguer?!

De tuas magas virtudes
A mais celeste, a mais pura,
É permittires que achemos
No soffrimento a doçura!