DA MINHA ALMA.
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Ella estava co'a dôce alegria
Debuxada na face gentil;
Alegria, qu'é só das auroras,
Como esta, do nosso Brasil.

Eu, então, venturosa julguei-me,
Vendo-a assim pelo céu passeiar;
Mas, após, de tristeza uma nuvem
Veio minha ventura toldar.




E sabes qual o motivo
De tão subita tristeza,
Quando toda a natureza
De galas se revestiu?
Sabes porque pezarosa
Via,—quasi lacrimosa,—
Essa aurora tão formosa,
Que lá do céu me sorriu?

Era um pincel encantado,
Que minh’alma cubiçava
Para o céu, que assim primava

Em lindezas,—copiar.