grande alarido e grande farofia, ficaram detestando Hercules.

Ora a Italia realmente tem sido libertada de mais pela França, desde Carlos VII! E todas estas intervenções libertadoras lhe foram horrendamente caras, além de algumas d’ellas lhe serem desoladoramente inuteis.

A de Nápoles I quasi a arruinou, além de a anarchisar. E Napoleão III, que concorreu effectivamente para fazer o reino de Italia, voltou de lá bem pago em boas terras, com Nice e com a Saboia. Mas além d’isso a França tomou o habito arrogante e humilhador de affirmar que ella e só ella creou o reino da Italia, pela força das suas armas e do seu dinheiro: quando realmente a Italia pretende, e com razão, que ella sobretudo concorreu grandemente para esse resultado magnifico com o seu dinheiro, as suas armas, o seu patriotismo e a habilidade suprema dos seus homens de estado. N’estas condições, é facil comprehender a irritação dos italianos quando os francezes os accusam de ingratidão, e lhes lembram altivamente que se a Italia hoje é uma nação é porque assim o quiz a França na sua magnanimidade.


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Tudo isto vae levando a uma guerra. E é uma dôr que duas nações como a Italia e a França se venham a dilacerar. Ha ahi o que quer que seja de semelhante a um parricidio. A Italia, é certo, nos seus ve-