bem demorado, alumiado por todos os lados a fogos de Bengala, e destacando ricamente n’um fulgor de apotheose!

Mas a França é uma franceza — com todas as suas graças de sensibilidade e de sociabilidade, e com o coração sempre prompto a bater perante uma homenagem que seja simultaneamente fina e natural. O acolhimento solene e carinhoso que o Czar fez no anno passado, com grande surpreza da Europa, á esquadra franceza do Norte, enterneceu a França, de todo a conquistou, e a França, que é uma franceza, está hoje namorada de Alexandre III.

Quando os jornaes de Pariz o proclamam agora um justo, quasi um santo, escrevem, não com o seu interesse, mas candidamente e com a sua emoção. Elle é o guerreiro forte que inesperadamente abriu os braços fortes á França abandonada, e lhe disse a dôce palavra que ella ha muito não ouvira: «Sê minha irmã e minha egual». Como não amar o homem magnanimo, o Theseu salvador? Tudo n’elle parece bello, a sua estatura, a formidavel rijeza dos seus musculos, a sua larga e tocante paternidade, a quietação grave da sua vida familiar. E estou certo que, na alta burguezia conservadora, já muito bom francez pensou secretamente quanto ganharia a França em ter um rei do typo moral e physico do Czar. Por isso estas festas vão ter não sei que de nupcial.

O Czar esposa a França. Não faltarão talvez mesmo as bênçãos da igreja. E ou me engano, ou esta