Pois agora vae talvez succeder uma egual aventura. A Hespanha foi ferida no seu patriotismo e no seu orgulho. A offensa não veiu de europeus, mas de africanos. É, porém, indifferente para a Hespanha que o sacrilego seja forte ou fraco, civilisado ou barbaro. Houve o sacrilegio, isto é, houve um ultraje á bandeira da Hespanha, e, portanto, ás armas e guerra implacavel!

A Hespanha possue no norte da Africa, além de Tetuan, de Ceuta e de outros pontos fortificados, uma pequena cidade pouco maior que uma cidadella, que se chama Melilla. Em torno ha, como em todas as outras possessões, uma zona de cultura, defendida por trincheiras e fortes. E para além são serranias povoadas por tribus mouriscas, a que se dá o nome generico de mouros do Riff, ou Riffenhos.

Os mouros naturalmente odeiam os hespanhoes, seus inimigos hereditarios, com o odio de raça e com o odio de religião: — e os hespanhoes estão alli portanto n’um permanente estado de defeza. Ultimamente, depois de vagas questões que tinham surgido entre hespanhoes e mouros na feira visinha de Frejana, as tribus riffenhas mostraram uma agitação tão visivelmente hostil, que o governador de Melilla, general Margallo, mandou reforçar as obras de defeza em torno da zona cultivada, e construir, n’um certo ponto mais aberto, um forte.

Ora, justamente n’esse sitio, existia um antigo ce-