sociaes, se vê forçado pela logica terrivel das cousas a erguer-se deante do seu povo como um repressor violento, e a metralhar o seu povo — o que nunca succedera na velha Alfania, quando o povo era um rebanho pastando mansamente a sua ração de herva, sob o cajado dos seus velhos reis. O seu socialismo naufragara em sangue.

A scena é verdadeiramente bella — e pela apparição da Fatalidade, esse grande factor de toda a tragedia, mas uma Fatalidade nova, tirada das leis sociaes, dá uma tão forte emoção como a podem dar Eschylo ou Sophocles. Depois o drama acaba mediocremente n’um desastre d’amor, que é ao mesmo tempo vulgar e complicado, e cheio de ironia. E não tornamos a ver Alvarez.

Ligeiro e jovial, como me pareceu, estou receiando que elle se dedicasse a galantear com as damas gentis da corte de Alfania em logar de compor e mandar ao seu governo um relatorio instructivo mostrando, pelo exemplo Alfanico, o perigo que se corre em destruir, por amor das theorias, um regimen cheio de paz, de ordem, de prosperidade e de credito, para lançar a nação n’um caminho incerto e escuro onde ella vae cambaleando atravez do descredito, da desordem, da ruina e da guerra.

Mas Alvarez não é homem para comprehender as lições da historia.