uma perna, outro um braço. Começa o penoso, hesitante transporte através das escadarias e passagens da prefeitura, um palacio novo, mal conhecida ainda, estreiado n’esses dias de gala.

Logo no primeiro patamar ha um embaraço angustioso... O presidente só devia recolher tarde, depois da representação de gala no Grand Theâtre; toda a criadagem, com tres horas livres, abalara para as festas, para os fogos da Exposição: — e as luzes estavam apagadas, todos os corredores em trevas! E ninguem tinha um phosphoro! O ferido, desmaiado, arrefece, perde o sangue. E a anciedade toda é por um phosphoro. Emfim, lá dardeja ao fundo um bico de gaz. O corpo do presidente é pousado sobre a colcha de seda do seu leito de ceremonia.

Mas, através das portas escancaradas da prefeitura, penetrara uma immensa turba, que atulhava os corredores, invadia o quarto, estorvava os serviços dos cirurgiões. Foi necessario que acudisse policia e tropa para rechassar, através do palacio, aquella multidão, tomada de uma curiosidade furiosa, e onde auctoridades, magistrados, ministros se debatiam, berravam, repellidos no longo rôlo. Um magote mais tenaz, em que havia senhoras, permaneceu fincado deante da porta do quarto lamentavel. Não ha nada, já notou Victor Hugo, que mais aguce a curiosidade do que um muro, uma porta fechada, por traz da qual se está passando alguma cousa de irreparavel.

Quando essa desejada porta se abria, dando passa-