Não sei se conhecem ahi a questão Buloz. Pois é uma questão tremenda. Basta ver como diariamente os jornaes a retomam, a sondam em todos os seus escaninhos, lhe annunciam a evolução, lhe prophetisam soluções, fazem depender d’ella os destinos das boas lettras francezas. Não ha ninguem que não conheça Buloz. Pelo menos ninguem deve ignorar o seu nome n’esses dous mundos que elle, todos os quinze dias, esclarece, educa e entretem, por meio da sua illustre e famosa Revista. Porque é d’elle que se trata, de Buloz, do unico Buloz, de Buloz director da Revista dos Dous Mundos!

Que memorias este nome de Buloz nos traz da nossa mocidade! Nenhum havia então que nós pronunciassemos com mais alegre horror — porque elle representava, para o nosso grupo revolucionario e enthusiasta das fórmas novas e audazes, tudo quanto na litteratura havia de mais conservador e burguez. Toda aquella sua séria e ponderosa Revista dos Dous Mundos nos parecia então exhalar um cheiro horrendo a bafio e a lettras mortas.

E escrever na Revista, pertencer á Revista era para nós uma maneira especial de ser fossil.

Quantas alcunhas pittorescas postas a essa magestosa Revista! Quantas phantasias edificadas sobre a sua faculdade de adormecer e de embrutecer! Um amigo nosso compuzera um conto em que o heroe, trahido n’um amor sincero, e appetecendo a morte, esco-