tanto desejava para a filha e por isso a pretexto de arranjos de viagem, o que ela tinha encomendado às costureiras e modistas era um rico enxoval de noiva, já quase pronto.

Por parte do noivo também não havia muito que fazer. A casa estava pronta; e não faltava senão a pintura, pois ainda conservava a primitiva que recebera por ocasião do primeiro casamento. Isso e a substituição dos móveis era negócio para um mês.

Amália acompanhou de longe e com indiferença esses pormenores domésticos, que têm geralmente um especial encanto para os noivos, como primícias que são da vida conjugal, e flores de uma primavera casta e serena.

A moça tinha outra preocupação mais séria que absorvia a sua solicitude. Observava o noivo e estudava a sua alma, atenta ao menor sintoma de desfalecimento que porventura se manifestasse na sua resolução O que ela temia sobretudo era um erro fatal.

— Se depois de unidos para sempre a sua alma separar-se de mim, eu serei um obstáculo, um tormento para sua existência. Longe, nunca mais deixará de amar-me; entretanto como meu marido, pode até odiar-me.

Esta reflexão íntima revela o que se passava