Entre as rodas e os loros, de mistura.
«Amigo, adverte Niso, ânimo! he tempo.
O caminho eis-aqui: tu longe attenta,
Não nos dem por trás, vigia em tôrno,
315Que eu te abro devastando e alargo a trilha.»
Preme a voz, e de espada aggrede o altivo
Ramnetes, que em felpudas alcatifas,
Sôlto a roncar, evaporava o somno:
Rei e augur dilectissimo ao rei Turno,
320Da mortal peste o agouro não o esquiva.
Tres dos seus, que entre as armas jazem nescios,
Fere, e o pagem de Rhemo e o seu cocheiro
Sob os corséis deitado: ao talho os collos
Pendem. Corta a cabeça ao proprio Rhemo,
325E em sangue fica a soluçar o tronco,
Do cruor quente a cama e o chão molhado.
Mata a Lamo e Lamyro, e o floreo e bello
Serrano; que, passada a noite ao jogo,
Ao deus se rende os membros estirando:
330Oh! feliz, a jogar se amanhecera!
Tal, da fome esganado, o leão de salto
No redil mansa grei, de susto muda,
Roja, a bôca ensanguenta e voraz brama.
Não menor clade Euryalo abrazado
335No ignobil vulgo exerce, e inadvertidos
Saltêa Abaris, Fado, Hebeso e Rheto;
Rheto que alerta espia, e atrás se agacha
De ampla cratera pávido; no erguer-se
Toda a espada enterrou-se-lhe, e dos peitos
340Se lhe extrahe mais a vida; em ancias a alma,
Sangue e vinho a golfar, purpúrea exhala.
Férvido o Teucro no furtivo estrago,
Já vai-se aos do Messapo, onde a fogueira
Via apagar-se, e em pêas os cavallos
345Pascer em ordem; quando Niso em breve