A cornadas os ventos desafia,
A arêa escarva, e á briga se aparelha.
Não menos fero nas maternas armas,
Enéas embravece e o marte afila,
105Folga do ajuste que dirime a guerra.
Lembrando o fado, Iulo e os seus consola
Do susto; ao rei deputa, e lhe assegura
Que acceita a paz e as condições confirma.
Assimque doura o Sol os altos cumes,
110Quando, ao surgir do pélago, os Ethontes
Luz de amplas ventas sopram; campo á justa
Medindo aprestam Rutulos e Teucros
Sob a grande muralha, e em meio focos
E aras gramíneas ás communs deidades;
115Parte, agua e lume trazem, de verbena
E véos de linho as fontes coroando.
Pilos na dextra, a legião d’Ausonia
Rue de atulhadas portas; phrygia e tusca
D’alêm instructas variamente as hostes:
120Como se Marte os chame a duro prelio.
Mnestheu ramo de Assáraco, fulgindo
Em ostro e ouro, entre milhares corre,
E o Neptunio Messapo e o forte Asylas.
Ao sinal, tomam pôsto, as hastas plantam,
125Encostam seus broquéis. O inerme vulgo,
Avidas mães, enfraquecidos velhos,
Por cumieiras derramam-se e por tôrres,
De janelas e eirados se debruçam.
Do monte, agora Albano, já sem nome,
130Lustre nem glória, attenta Juno a liça
E os exercitos ambos e Laurento.
Eis falla a deusa á diva irmã de Turno,
A qual, em paga do pudor virgíneo
Que o pae summo roubou-lhe, os resonantes
135Rios preside e lagos: «Sabes, nympha,