Cahe dos cabeços com ruidoso estrago.

Côo entre o ferro e o fogo, a par de Venus;
Recúa o fogo e se desvia o ferro.
Chego á patria morada, ao velho corro,
665No Ida amparal-o mais que tudo anhélo;
Nega-se elle ao destêrro, a vida enjeita
Sem Troia: «Ó vós, nos clama, a quem robora
Viçoso inteiro sangue, afervorai-vos,
Parti. Se os deuses me quizessem vivo,
670Conservavam-me agora o avito assento.
Sobra uma vez remanecido termos
Da captiva cidade após o excidio.
Dizei-me o adeus supremo, ah! despedi-vos
De um cadaver. A morte eu mesmo a apresso,
675Ou dê-m’a compassivo e me despoje
Qualquer Danao: que importa a sepultura?
Pêso inutil, ha muito o céo me odeia,
Dês que o divino padre, o rei dos homens,
Assombrou-me e tocou-me com seu raio.»
680Com tal dicurso, pertinaz resiste
Ás lagrimas de Ascanio e de Creusa,
Ás da familia inteira, que lhe instamos
Pae não ajude a sorte a aniquilar-nos:
Quedo á tenção se amarra. Eu tórno ás armas,
685Meu desejo he morrer. Que mais conselho,
Que alternativa ha mais? «Oh! crime... e cuidas
Que eu possa arredar pé, que te abandone?
Tu blasfemas, senhor? Se he lei superna
Que d’Ilio nada fique, e os teus pretendes
690Juntar comtigo á moribunda Troia,
A estrada franca tens: não tarda Pyrrho,
Que, o sangue regio gottejando, á face
Do pae degole o filho e o pae nas aras.
Que? de lanças, de incendios me resguardas,
695Porque, ó madre, em meus lares o inimigo