A gente batista conheceu a gente Santos em não sei que fazenda da Província do Rio. Não foi Maricá, embora ali tivesse nascido o pai dos gêmeos; seria em qualquer outro município. Fosse qual fosse, ali é que se conheceram as duas famílias, e como morassem próximas em Botafogo, a assiduidade e a simpatia vieram ajudando o caso fortuito.
Batista, o pai da donzela, era homem de quarenta e tantos anos, advogado do cível, ex-presidente de província e membro do Partido Conservador. A ida à fazenda tivera por objeto exatamente uma conferência política para fins eleitorais, mas tão estéril que ele tornou de lá sem, ao menos, um ramo de esperança. Apesar de ter amigos no governo, não alcançara nada, nem deputação nem presidência. Interrompera a carreira desde que foi exonerado daquele cargo "a pedido", disse o decreto, mas as queixas do exonerado fariam crer outra coisa. De fato, perdera as eleições, e atribuía a esse desastre político a demissão do cargo.
— Não sei o que é que ele queria que eu fizesse